Desde já algum tempo estou convencida de que o sucesso ou fracasso nas mais variadas áreas da vida são consequência do sucesso ou fracasso no nosso próprio trabalho interno. E para mim isso é ainda mais nítido no que se refere ao trabalho propriamente dito. Quando eu estou consciente e vibrando positivamente, meus projetos fluem, novos praticantes de Yoga chegam e as necessidades materiais são atendidas com tranquilidade.
Neste dia 1º de maio, acho bem apropriado, então, falar disto que considero a "dica" mais potente quando o negócio é viver a abundância e a prosperidade: o se transformar tornando-se um ser humano cada vez melhor.
Se esta é a dica mais potente, qual é, afinal, a dica mais comum neste assunto? Pelo que me recordo da minha história, a recomendação mais frequente é a de que para prosperar é preciso trabalhar muito. E se eu te disser que, dependendo da sua personalidade, trabalhar muito é exatamente o que você não deve fazer para prosperar?
A abundância e a prosperidade no trabalho ou qualquer outro aspecto da vida dependem do quão melhores vamos nos tornando enquanto seres humanos. E apesar deste processo estar vinculado a leis e princípios universais, é também um processo estritamente individual e particular, sendo fundamental que cada um busque identificar em si mesmo o que precisa mudar.
Dentre os princípios universais, o maior de todos é o amor. Neste aspecto, a cada situação nos cabe reconhecer onde está o máximo de amorosidade que podemos manifestar com os outros e com a gente mesmo. A cada momento, qual a escolha mais amorosa que posso ter? Qual sentimento, pensamento e ação mais amorosos?
Agora, em cada caso particular, diante da necessidade de aprendizado de cada um, o amor pode estar numa ou noutra atitude.
Por exemplo: trabalhar muito pode ser uma transformação positiva pra alguém que tem tendência à preguiça. No entanto, para alguém que já trabalha demais, não tendo tempo pra si e pros outros e, quem sabe, tendo no trabalho um amortecedor pros demais desafios da vida, a prosperidade virá exatamente quando conseguir trabalhar menos, aprendendo a viver mais saudável e equilibradamente.
Para quem tem predisposição a manifestar raiva, a abundância está em conseguir, a cada dia e nova situação, controlar mais e mais este sentimento. Quem é carente, ampliará a sua prosperidade a cada momento em que não se abalar diante de uma rejeição (real ou aparente, como é comum). Quem tem o hábito de reclamar, terá a sua vida mais plena e alegre quanto mais puder agradecer (de verdade).
Quem é preocupad@ demais, precisa aprender a fazer a sua parte da melhor forma possível, confiando que o resultado virá conforme for o mais adequado, ainda que o seu ego possa não entender. Quem possui algum vício, tanto de consumo como de comportamento, será beneficiad@ pelas vitórias diante deste hábito que lhe escraviza. Quem tende a se sentir vítima dos outros ou da vida como um todo, será presenteado quanto mais assumir a sua responsabilidade por tudo o que lhe chega.
Isto talvez faça você pensar que pessoas ricas necessariamente são pessoas mais evoluídas e conscientes dos seus desafios. Mas não é bem assim. Afinal, ser rico não significa ser abundante e próspero. Há alguns anos atrás eu ganhava mais dinheiro do que ganho hoje e era bem menos abundante. Comia pior, me divertia menos, me sentia menos realizada e até mesmo o dinheiro seguidamente quase faltava.
A verdadeira abundância e prosperidade são apenas a colheita de você ter plantado sementes mais maduras de você mesm@ a cada nova escolha e ação na sua vida. E se você acha que já trabalha demais no seu mundo externo, saiba que este trabalho interno é incessante. Sempre há algo a perceber e mudar. Mas saiba também que quando você entende as regras do jogo e se dedica um pouco a tornar consciente este processo que inevitavelmente acontece e, com isso, escolhe pela via da sua evolução, sua vida começa a fluir de uma forma diferente, com mais facilidades e conquistas.
E, sim, este é o trabalho de toda a sua vida. E você pode achar isto pouco efetivo na urgência das suas necessidades ou muito profundo, já que talvez esteja acertadamente consciente de que há aspectos que sequer sabemos que precisamos mudar.
Contudo, a nossa verdadeira cura e as consequentes verdadeiras paz, felicidade, abundância e prosperidade, no conceito amplo que esta palavra possui, estão neste e em nenhum outro processo. E a cada vitória em pequenas mudanças nos fortalecemos para adiante irmos enfrentando desafios cada vez maiores.
De início, posso começar mudando minha relação com a louça que preciso lavar. Que tal lavá-la logo após utilizá-la? Que tal arrumar a cama assim que levantar? Que tal iniciar mudanças na minha alimentação, considerando as necessidades do corpo (e não da mente, eterna desejosa) e, assim que me sentir preparada, considerar também as necessidades da coletividade e do próprio Planeta? Que tal aumentar minha disciplina aos poucos? Que tal inserir alguma atividade ou prática que represente um cuidado comigo mesmo? Que tal começar a meditar?
Aos poucos, a gente vai se aprofundando e, quem sabe já em breve e com a ajuda da meditação ou outra prática que contribua para ampliar seu estado mental de presença e sua capacidade de autoobservação, você já está mais atento às suas emoções e pensamentos, conseguindo inclusive substituir os negativos por positivos? E pela minha experiência é aqui que você começa a sentir e ver nitidamente a matemática perfeita que há entre a sua prosperidade e os seus padrões internos, como comentei lá no início do texto.
Se você quer ser feliz e prosperar, você pode insistir em culpabilizar o mundo, sabendo que de nada isto vai adiantar, ou buscar realizar estas mudanças, que, se podem demorar um pouco pra trazer resultados mais nítidos, já desde os primeiros momentos te trará mais paz e satisfação consigo mesm@.
Bom dia do trabalho a tod@s. Que a partir de hoje você possa iniciar um novo e promissor trabalho: o seu trabalho interno!
Namaskar!
Quem se interessa pelo tema da prosperidade, há um pouco mais de um ano atrás publiquei aqui mesmo neste espaço este outro texto. Leia aqui.